sexta-feira, 31 de agosto de 2012

COMUNHÃO


Tereza Cristina Cunha de Brito

Comunhão – relações comuns, comunidade de opiniões de crenças, participação em comum, uniformidade em (ideiasidéias.ideias, opiniões, etc.); acordo, harmonia. Palavra grega koinonia relação caracterizada pelo compartilhamento em comum, companheirismo, participação – “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo."1Jo 1.3

A palavra koinonia aparece no novo testamento 20 vezes, em 12 vezes traduzida por comunhão como em Gl 2.9, em 04 traduzidas por comunicação como em 2Co 8.4, 01 por dons em 2Co 9.13, 01 por cooperação em Fp 1.5 , 01 por dispensação em Ef 3.9 e 01 por coleta em Rm 15.16.

A palavra portuguesa vem do latim communione que significa ter algo em comum. Penso que quando falamos de comunhão há que se lembrar de unidade e reconciliação.

Unidade aparece nas Escrituras relacionada com pessoas que se relacionam, se suportam, se amam, se ajudam, se exortam, se consolam, sempre uma com as outras. Há algo ou alguém que serve como “liga” entre dois pontos, pensamentos, pessoas, que por mais que sejam diferentes há sempre um elo, o evangelho verdadeiro e Jesus Cristo, filho de Deus.

Talvez daí surja à importância da reconciliação que Jesus realizou por meio de sua morte e sangue, nos trazendo de volta para o Pai - "E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus." 2 Co 5.18 – 20.

A reconciliação nos torna aptos de sermos reconhecidos como família de Deus, co-herdeiros e irmãos de Cristo, passamos a ser participantes do reino de Deus, unidos em um só corpo tendo Cristo como cabeça, mas recebemos e somos instruídos para compartilharmos o amor e tudo que temos recebido dos céus, somos chamados para caminharmos juntos, somos chamados para desfrutarmos do perdão e das misericórdias de um querido, próximo e presente Jesus Cristo.

"E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras. Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." Hb 10.24-25

sexta-feira, 17 de agosto de 2012


CORRAMOS COM PACIÊNCIA


Tereza Cristina Cunha de Brito

"Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.” Hb 12.1.

A caminhada ou, como Paulo nos diz, a corrida para um prêmio mui excelente tem alguns digamos assim vencedores, que correm e correram antes de iniciarmos nossa maratona rumo ao mesmo prêmio por àqueles conquistado.

Não digo que corremos de algo pelo simples fato de fugirmos, mas corremos para nos distanciar de tudo que nos impede de chegarmos e de estarmos na presença do Senhor com consciência e com racionalidade, como nos é apresentada pela Palavra, para entrega como sacrifício vivo de aroma suave e agradável de nossos corpos a Deus.

Temos como incentivadores ou motivadores ou torcedores, pessoas que se desvencilharam de situações, práticas, ideias, e mesmo relações que aparentemente não se configuram como pecado propriamente dito, mas se livraram da condição pecaminosa, que fazem com que percamos o real sentido pelo qual realizamos, ou deveríamos realizar todas as coisas, glorificar o nome do Senhor!

Aqui não falamos somente de Enoque, Noé, Abraão, Raabe, Gideão, Baraque, Samuel, falamos aqui de pessoas que literalmente nos rodeiam e que acreditam e olharam para o Autor e Consumador da fé, pense por um instante e verás que há pessoas agora de seu lado, não infalíveis, mas humanas como nós, que decidiram apesar da circunstância, situação ou tribulação, descansar à proa do barco, ou andar sobre as águas, apreciando tempestades, se deliciando com o vento impetuoso que vem de encontro às suas faces!

Queremos sim a paz que excede todo entendimento, queremos sim o ânimo com o qual o Senhor Jesus venceu este mundo, queremos sim, mesmo andando no vale da sombra da morte, não temer mal algum, mas queremos fazê-lo com o peso e com a condição pecaminosa que nos encontramos, lembrando que a credencial de pecadores não nos torna aptos para nenhuma destas coisas, porém o reconhecimento do pecado faz com que obtenhamos o perdão e a aproximação do Pai por meio de Jesus, que cuida de tudo e de todos, se deixarmos que Ele ocupe a centralidade em nosso coração, atentando para: “Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.” Hb 12.3.

Sabedores desta condição sagaz e tenaz do pecado, devemos sim correr com toda nossa força, entendimento, espírito, alma e corpo, deixando como diz a parábola a preocupação apenas com o próprio eu, com os cuidados do mundo, com as riquezas ou ambições.

O melhor desta digamos assim competição, é que detemos mesmo antes de seu final, a coroa conquistada a preço de sangue e amor por Jesus Cristo, à vitória nos é dada pelo Senhor dos Exércitos, temos a nosso dispor um “treinador” capacitado e conhecedor da mente e coração do Senhor Deus, que tem nos impelido a deixarmos pra trás todo embaraço, todo pecado, prosseguindo para o alvo com paciência, perseverança e fé.

Corremos neste estádio não sozinhos, mas corremos movidos pela fé, pela força do Espírito, pelo amor de Deus, corremos em e pela unidade, em submissão e obediência, corremos, corremos, mas não sem objetivo, corremos por uma coroa incorruptível, para perder nossa vida e ganhar à eterna, corremos para o prêmio da soberana vocação de Deus, corremos para satisfação da vontade de Deus, para encontrar o Amado de nossas almas!

"Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo JesusIrmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Fp 3.12-14.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Lia – A amada do Senhor


Adaptado por Mirelle Ivy Diniz Miotto

"Vendo, pois, o Senhor que Lia era desprezada, abriu a sua madre." (Gênesis 29:31a)

Lia era uma mulher linda de coração mas não tinha beleza exterior. A Bíblia nos diz que ela tinha os olhos baços e, além de tudo isso, o seu nome pode significar "fraqueza".

Na verdade os comentaristas se dividem quanto à origem do seu nome. Alguns ligam o nome de Lia ao verbo (la’ah) que significa estar cansado, estar exausto. Segundo Myers, o nome de Lia significa “vaca selvagem” e, como explica, Mathews, pode ter se derivado do acadiano ou do árabe. Para muitos, o significado do nome de Lia pode ter reforçado a interpretação de que seus olhos eram “fracos.” Contudo, se seu nome está ligado ao significado de “vaca selvagem,” há uma espécie de jogo de palavras ao descrever as duas irmãs, cada uma com o nome de um animal doméstico.

Por fim, temos a descrição da beleza relativa de cada uma das irmãs. Lia é descrita, segundo a ARA, como tendo os “olhos baços.” A palavra traduzida por “baços” é (rakkot), plural de (rak), significa gentil, tenro, fraco, incapaz, inexperiente, delicado, terno, frágil, sensível, tímido, brando. Talvez, motivados pelo significado aparente do nome Lia, muitos tradutores viram este adjetivo como um reforço à idéia de que ela tinha olhos baços, inexpressivos, cansados. Em contrapartida, Raquel é descrita como “formosa de porte e de semblante.”

SEU CARÁTER: Capaz de ter amor forte e duradouro, era mãe e esposa fiel. Manipulada pelo pai, passou a invejar a irmã, com quem, ao que parece, nunca se reconciliou.

SEU SOFRIMENTO: Não possuir a beleza da irmã e o seu amor pelo marido ser unilateral.

SUA ALEGRIA: Ter dado a Jacó seis filhos e uma filha.

O processo de purificação da vida de Lia, uma das fiéis servas do Senhor, teve início no dia do seu casamento. Mas o Senhor estava no controle de tudo. Ele, como é um Deus onisciente, conhecia Lia e já tinha um plano para a sua vida. Os personagens envolvidos neste plano de Deus eram:
1. Labão - pai de Lia e de sua irmã Raquel - era um homem sem princípios, materialista e interesseiro. Já tendo exigido de Jacó trabalhar sete anos para poder se casar com sua filha Raquel, ele o traiu, no dia do casamento, substituindo Raquel por Lia, a sua filha mais velha.

2. Jacó - primo de Lia e Raquel - veio para a cidade onde elas moravam para procurar uma esposa.

3. Raquel - filha mais nova de Labão (bonita e atraente) - encontrou-se pela primeira vez com Jacó à beira do poço da cidade e ambos se apaixonaram.

4. Lia - filha mais velha e de olhos baços de Labão - foi, provavelmente, obrigada pelo pai a casar-se com Jacó, enganando-a e fazendo com que ele (Jacó) a rejeitasse por toda a sua vida.

Vamos, pouco a pouco, vendo como o Senhor refinava Lia e como ela, apesar de tanto sofrimento, era uma notável e fiel serva do Senhor.

Vamos também descobrir, como diz Isaías 61, como o Senhor no Seu imenso e infinito amor transforma cinzas em glória, tristeza em gozo e espírito angustiado em vestes de louvor.

"O espírito do Senhor está sobre mim; porque o Senhor me ungiu... A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado..." (Isaías 61:1-3)

Poderíamos mostrar, bem claramente, este quadro na vida de Lia:

CINZAS X GLÓRIA

* Ela tinha olhos baços e defeituosos. Mesmo assim Deus lhe deu um marido.
* Ela era estéril. Deus abriu a sua madre e lhe deu seis filhos e uma filha.
* Raquel a humilhou e era amada por Jacó. Ela foi a esposa legítima de Jacó.

Não fique prostrada por causa de tribulações, tristeza ou amargura que você guarda em seu coração mas entregue as cinzas da sua vida nas mãos do Senhor e espere o tempo dEle. Você as verá transformadas em glória, em gozo e louvor ao Senhor.

Gênesis 29:31 nos diz que "... Lia era desprezada."

Ela sofria porque tinha um pai sem princípios e enganador, tinha uma irmã que a desprezava e um marido que não a amava.

O seu sofrimento aumentou quando Raquel casou-se com seu esposo Jacó. Existe maior sofrimento do que este? Será que Deus não estava vendo a sua aflição?

A Bíblia nos diz que o Senhor não só viu que Lia estava sendo desprezada por seu marido como Ele decidiu fazê-la feliz apesar dos problemas: Ele "...abriu a sua madre."

Lia, agora, era a esposa fértil de Jacó, porém Raquel, era a esposa estéril.

Nós aprendemos, através desta decisão do Senhor, que Ele purifica... purifica... purifica e quando Ele percebe que nos quebrantamos e estamos em plena comunhão com Ele, então recebemos o nosso prêmio, o nosso galardão.

O Salmo 37:7 é para mim um lenitivo para a minha alma. Ele me diz que devo descansar e repousar no Senhor. E eu sei que não existe neste mundo um lugar mais doce, mais tranqüilo e mais cheio de amor do que os braços do meu Senhor e Salvador Jesus Cristo. Então, devo repousar no Senhor porque é Ele mesmo que me diz: "Descansa no Senhor, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos." (Salmo 37:7)

Devo repousar no Senhor porque é Ele que também me diz: "Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração." (Salmo 37:4)

E mais: "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará." (Salmo 37:5)

Lia, depois do casamento de Jacó com Raquel, teve que dividir o seu marido com a irmã. E além desta sua aflição, ela sofria ainda mais sabendo que ele "...amava mais a Raquel..." e que ela era desprezada por ele.
Mas Deus estava no controle de tudo e ela se esforçava para repousar nos Seus braços.

Para alegria e conforto de sua alma, ela, finalmente, deu à luz um menino cujo nome, Rúben, significava: "O Senhor viu a minha infelicidade!" E ela feliz e regozijando disse: "Porque o Senhor atendeu à minha aflição, por isso agora me amará o meu esposo." (Gênesis 29:32b)

Sabemos que Jacó jamais a amou mas sabemos também que Rubén foi a prova do amor misericordioso de Deus na vida de Lia. Jacó não a amava, mas o Senhor a amava e isto ela sabia.

Além de Rúben, Lia teve outro filho porque o Senhor ouviu suas orações. Ela deu à luz a Simeão (porque o Senhor ouviu que sou desprezada) que foi a resposta de uma oração feita por ela em seus momentos de angústia.

Quais têm sido suas atitudes? Você está orando, está levando até o trono do Senhor os seus problemas, preocupações e aflições? Prostre-se aos pés da cruz e lance sobre o Senhor tudo que a está angustiando e Ele a sustentará, a amparará e tirará cada espinho que a está ferindo.

A alegria de Lia foi poder ter dado a Jacó seis filhos e uma filha e saber que o Senhor estava com ela em todos os momentos de sua vida.

Não tema se você estiver passando por momentos de aflição, angústia e tribulação. Pense assim no seu coração: "Sei que estou atravessando este caminho pedregoso porque o Senhor está me refinando como a prata. Tudo isto é apenas um empurrãozinho que o Senhor está me dando para que eu cresça em Seus caminhos e aumente a minha fé."

De uma coisa podemos ter certeza:
1) Deus me faz passar por provações mas eu sei que Ele me ama e sempre está junto a mim;
2) Deus me faz passar por tribulações mas Ele me torna forte, bem alimentada e me sustenta com o Seu amor e fidelidade;
3) Deus me faz passar por sofrimentos mas me deixa repousar em Seus braços e no Seu amor me dando a Sua paz;
4) Deus me faz passar por dores, tristezas e provações, me refinando como a prata mas me transforma em uma estrela cintilante, brilhando por onde eu passar e refletindo o amor de Deus não só por mim mas por toda a humanidade quando enviou o Seu Filho Jesus para morrer no seu e no meu lugar e nos dar a vida eterna.

Com o nascimento de cada filho, a infeliz Lia esperava obter o afeto do marido, mas sua frustração era cada vez maior. Ela parecia sentir que a velha maldição se concretizava: “O teu desejo será para o teu marido, e ele te governará” (Gn 3:16).

Lia teve mais sofrimentos. Diná, sua única filha, foi estuprada por um príncipe local na volta deles à terra de Jacó. Lia tinha dificuldade para consolá-la. Para piorar as coisas, dois dos filhos de Lia, Levi e Simeão, vingaram a irmã assassinando selvagemente uma cidade inteira. A seguir, Rúben, cai em desgraça por ter dormido com Bila, concubina do pai.

Deus não prometera protegê-los se voltassem àquela terra da promessa? Por que essas coisas estavam acontecendo? Lia refletiu. Deus cuidara mesmo deles quando encontraram Esaú e seus quatrocentos homens. Mas a alegria de Lia ao presenciar o reencontro amigável dos dois homens foi logo ofuscada por sua tristeza em saber que era a esposa menos amada. Jacó deixara isso claro ao colocar Raquel e seus filhos em último lugar na longa caravana, dando a eles mais facilidade para escapar, caso Esaú se mostrasse violento.

O amor de Jacó, porém, não pode impedir Raquel de morrer no parto. Lia, não Raquel, estava destinada a ser sua primeira e última mulher. Ao lado do marido, o pai de Israel, ela seria reverenciada como mãe de Israel. De fato, a promessa de um Salvador não se cumpriu por meio de José, filho e Raquel, mas de Judá, filho de Lia, cujos descendentes incluíram Davi, o grande rei de Israel e Jesus, o Messias longamente aguardado. No final da vida, Jacó foi enterrado na caverna de Macpela junto à primeira esposa, Lia, em vez de sua esposa favorita, Raquel, sepultada em algum lugar perto de Efrata.

As duas irmãs, Lia e Raquel, lembram-nos de que a vida está repleta de tristezas e perigos, grande parte fruto de nosso próprio pecado e egoísmo. As duas mulheres sofreram – cada uma a seu modo – a maldição de Eva depois da expulsão do paraíso. Embora Raquel sofresse muito ao dar à luz filhos, Lia sofreu a angústia de amar um homem que parecia indiferente a ela. Todavia, ambas tornaram-se mães em Israel, deixando sua terra natal para desempenhar papéis essenciais na história do grande plano de Deus para seu povo.

SUA PROMESSA

Vendo o Senhor que Lia era desprezada, fê-la fecunda” (Gn 29.31). O Senhor notou o sofrimento de Lia. O Deus de Abraão, Isaque e Jacó (marido de Lia) olhou do alto e viu uma mulher solitária e triste, porque o marido amava mais a outra esposa do que ela. A fim de aliviar sua tristeza, para consolá-la, Deus lhe deu filhos – belos, fortes, um dos quais fundaria a linhagem dos sacerdotes de Israel e outro que seria ancestral de Jesus.

Esse mesmo Deus de Abraão, Isaque, Jacó, Lia é nosso Deus. Ele vê nossas aflições, sejam pequenas ou grandes. Ele conhece nossas circunstâncias, sentimentos, mágoas. Assim como na vida de Lia, ele está disposto a interferir e a criar algo maravilhoso em nós e por meio de nós.
Tornarei o seu pranto em júbilo e os consolareis; transformarei em regozijo a sua tristeza.” (Jr 31.13)

Louve a Deus
Porque, embora os seres humanos sejam muitas vezes julgados pela aparência exterior, Deus sempre vê o coração e julga de acordo com isso.

Agradeça
Por Deus comover-se com sua tristeza.

Confesse
Sua tendência de comparar-se com outras mulheres, julgando a elas e a si mesma apenas pela aparência.

Peça a Deus
Que a capacite a basear sua identidade no relacionamento que tem com Ele e não no que vê no espelho.

Eleve o coração
Separe cinco minutos por dia para fazer um elogio a si mesma, agradecendo a Deus por fazer de você a mulher que é. Reflita sobre tudo o que gosta em si mesma – seu senso de humor, seu gosto por boa literatura, sua compaixão pelos outros, seu cabelo crespo e até a forma dos dedinhos dos pés. Resista a tentação de pensar no que não gosta. (Imagine, por um momento, como Deus deve sentir-se chateado quando ouve nossas queixas sobre como ele nos fez!). Em vez disso, decida agora honrá-lo com sua gratidão. No final de semana, vá almoçar com uma amiga ou tomar um chá demorado em sua confeitaria favorita comemorando todos os dons naturais que recebeu de Deus.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


A Esposa de Ló – Aquela que olhou para trás


Adaptado por Mirelle Ivy Diniz Miotto

Textos-chave: Gênesis 18; 19:1-29 / Lucas 17.28-33

"Então o Senhor, o próprio Senhor, fez chover enxofre e fogo desde os céus, sobre Sodoma; E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra. E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal." (Gênesis 19:24-26).

Observando estes três versículos de Gênesis 19, vemos o triste fim de duas cidades, Sodoma e Gomorra, onde reinava a prostituição. Mas vemos também o terrível juízo de Deus sobre a mulher de Ló por causa de um simples gesto seu... ela olhou para trás.

Tudo começou com uma decisão de Ló. Estava havendo entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló, muitas contendas. Para evitar esta briga entre seus servos, Abrão, juntamente, com seu sobrinho Ló, apartaram-se. Disse Abrão a Ló: "Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda" (Gênesis 13:9).

E a Bíblia ainda nos diz: "E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada... Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro" (Gênesis 13:10-11). Ló olhou para a aparência.

Ló foi viver com sua esposa e suas filhas numa cidade grande, bonita, atrativa, porém cheia de homens maus e pecadores.

Há quem diga que quando se começa a trabalhar em um curtume (processo de curtir couros) logo de início, a pessoa se sente mal, vomita várias vezes e... tem vontade de desistir do emprego. Porém - e isto é que é estranho - depois de algum tempo, a pessoa já está tão acostumada com o mau cheiro que nem mais percebe. O organismo se acostumou e o mau cheiro parece que nem mais existe.

O mesmo deve ter acontecido com Ló, com sua esposa e com toda a sua família. Talvez tenham percebido que apesar de Sodoma ser uma bela cidade, os seus habitantes viviam, diariamente, pecando e em completo desacordo com os mandamentos do Senhor. Mas... com o passar do tempo, provavelmente, eles nem mais percebiam o quanto o pecado assolava aquela cidade.

- O caráter da esposa de Ló:

Era uma mulher rica, talvez mais apegada às coisas boas da vida do que deveria. Embora não haja qualquer indicação de que participasse do pecado de Sodoma, sua história deixa implícito que aprendera a tolerá-lo e que seu coração acabou dividido por causa disso.

Será que ela realmente se apegou às coisas materiais?
Será que ela, realmente, gostava de viver nesta cidade?

Não sabemos quais são as respostas a estas perguntas, mas ela aceitou a escolha de seu marido e foram viver ali. Até aquele momento, a Bíblia não nos relata que havia pelo menos um desta família querendo sair de lá. Eles estavam vivendo em Sodoma, apesar da depravação existente.

Muitas vezes, nós mulheres vivemos em um ambiente onde o pecado existe, mas nós nem percebemos, pois já estamos acostumadas. E, pior do que isso, praticamos todo tipo de pecado e dizemos... "Eu não acho nada demais!"

Será que nossos olhos e mente estão tão acostumados com: novelas; maledicência; prostituição; traição; mentiras; pornografia; corrupção; inversão de papéis (mulher x homem) etc...

Eu não sei se existe alguma diferença entre Sodoma, onde vivia a esposa de Ló, com o mundo de hoje! Deus, com certeza, não está gostando de ver o mundo caminhando para um abismo sem volta. E, participando deste mundo, estão muitos que se dizem crentes e que sempre dizem... "Eu não acho nada demais!"

Tudo isto é muito triste! Precisamos estar alertas e alertar os nossos filhos, as nossas irmãs em Cristo para que não caiam de amor pelas coisas do mundo que são guiadas pelo inimigo das nossas almas. Que o Senhor nos proteja e nos dê sabedoria para vermos o que é certo e o que é errado de acordo com as Escrituras. Que o nosso andar diário seja agradável ao Senhor e que nossa mente não esteja cauterizada pelo pecado. Uma mente cauterizada é uma mente queimada, fechada, estancada, cicatrizada a qual não é hidratada pelas águas do Espírito, muito menos é alimentada pelas proteínas da Palavra de Deus. Ou seja, é a mente de alguém sem a vida de Deus, fechado para a verdade e que não pode ser renovado pelo Espírito Santo.

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;  Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;” (1 Timóteo 4:1-2)

Pelo desfecho desta história, podemos imaginar que a mulher de Ló não se empenhou nas coisas espirituais, ensinando suas filhas a não andarem de acordo com o mundo, a não se maravilharem com aquilo que desagrada ao Senhor. Tudo indica que ela gostava de viver em Sodoma.

Apesar da acomodação de Ló e de toda a sua família, Deus teve misericórdia dele e de todos os seus. Deus quis salvá-los da grande tribulação, apesar de não estarem pensando em se separar deste ambiente de luxúria. A esposa de Ló nem pensava que uma grande mudança estava para acontecer. Deus deu a ela uma oportunidade sem igual. Deus teve misericórdia dela e de toda a sua família.

Não podemos afirmar, com certeza, que a esposa de Ló gostava de viver nesta cidade, pois, na verdade, foi seu esposo quem assim decidiu quando fez um acordo com Abrão. Mas vivendo ali, gostando ou não, eles receberam a visita de dois anjos enviados pelo Senhor. Eles disseram: "... Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo" (Gênesis 19:12-13).

Na manhã seguinte, os anjos apressaram Ló, sua esposa e suas filhas dizendo: "... Levanta-te, toma tua mulher e tuas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade. Ele, porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade. E aconteceu que, tirando-os fora disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças" (Gênesis 19:15-17).

"Não olhes para trás de ti" - dentre todas as palavras que os anjos disseram, estas foram as mais importantes, porém não valorizadas pela esposa de Ló.

Será que eu e você as valorizaríamos se estivéssemos no lugar dela?

Outra coisa que podemos observar e aprender neste episódio é que os anjos falaram para Ló e sua família irem para o monte para que suas vidas não perecessem, mas Ló ainda questionou os anjos e pediu para irem a uma cidade mais próxima chamada Zoar (que significa pequeno). Pela misericórdia de Deus isso aconteceu. Será que Deus não queria algo melhor pra ele e sua família levando-os ao monte, a um lugar alto e que estava em seus planos? Mas ele preferiu um lugar pequeno. Quantas vezes fazemos isso não aceitando os desígnios de Deus? Temos medo de sair do controle das situações, queremos tomar o lugar de Deus.

O ser humano tem atração por aquilo que é proibido. Infelizmente, muitas de nós ainda temos aquela natureza velha. Cabe a mim e a você, ao nascermos de novo, alimentarmos esta nova natureza lendo a Palavra de Deus, orando ao Senhor, pedindo a Ele para nos livrar das tentações e procurando obedecê-lo
Devemos sempre manter nossos olhos voltados para Deus, olhar para a Sua maravilhosa majestade e, então, perceber que as coisas que este mundo nos oferece são passageiras e fazem mal à nossa alma. Não devemos olhar para os prazeres desta vida, não devemos olhar para trás como fez a mulher de Ló, desobedecendo ao que os anjos lhe ordenara, mas olhar para o alto para Jesus, para aquilo que é eterno.
Enquanto Ló e suas duas filhas olhavam para frente em direção às promessas que Deus lhes fizera, a sua esposa, talvez saudosa do que estava abandonando, "olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal" (Gênesis 19:26).

Mas o juízo foi ainda pior do que Ló ou suas filhas compreenderam a princípio. Salvos, finalmente, devem ter olhado uns para os outros, aliviados por estarem todos bem. De repente, voltaram-se, espantados, percebendo que faltava um deles. Devem ter procurado, esperado com todas a forças, até que finalmente viram a silhueta branca de uma coluna de sal contra o céu, um monumento solitário na forma de uma mulher olhando para Sodoma.

Por que ela se voltou e olhou para trás, apesar do aviso do anjo? Seu coração continuaria apegado a tudo que deixara na cidade – uma vida confortável, despreocupada e prazerosa? Teria familiares presos ali? Ou apenas se deixou fascinar pelo trágico espetáculo que acontecia atrás dela? É possível que todas estas coisas combinadas fossem o motivo de seus passos ficarem mais lentos, de sua cabeça voltar-se e de seu corpo ser surpreendido pelo castigo do qual Deus queria poupá-la – ela preferiu o juízo em vez da misericórdia.

Muitas vezes nos apegamos tanto às coisas deste mundo que, quando estamos a ponto de perdê-las, olhamos para trás (com saudade) e esquecemos que temos um Deus que cuida de nós e que tem planejado para nós uma vida plena de paz e de alegria. Ficamos apegadas ao passado, talvez em uma ferida, em um trauma e não largamos de jeito nenhum. Ficamos agarradas ao passado e isso só nos trará morte. Deixemos todas as coisas que para trás ficam, deixemos todo embaraço, deixemos toda amargura, toda falta de perdão e vamos prosseguir para o alvo, para o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus, como disse o apóstolo Paulo.

Não devemos esquecer que Deus foi misericordioso com Ló e sua família. Em Salmo 103:11 a Bíblia nos diz: "Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a Sua misericórdia para com os que O temem."

A misericórdia de Deus está à nossa disposição. Se eu temo ao Senhor, Ele, então, é misericordioso comigo. Mesmo se eu estivesse passando pelo "vale da sombra da morte, não temeria mal algum" porque o meu Deus está ali comigo e Sua misericórdia alcançaria o meu coração. Mesmo se eu estivesse passando por situações difíceis de serem resolvidas, o Senhor estará  ali comigo, me consolando e até mesmo me carregando em Seus braços. Deus é o meu lugar seguro.

Jesus advertiu seus seguidores a se lembrarem da mulher de Ló: “assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar. Naquele dia, quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa não desça para tirá-los; e de igual modo quem estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Quem quiser preservar a sua vida perde-la-á; e quem a perder de fato a salvará” (Lc 17:30-33). Palavras severas lembrando uma história trágica, com o propósito de nos desviar das ilusões traiçoeiras da perversidade e de nos lançar em segurança nos braços da misericórdia.

Fonte: http://campenhe-mulheres.blogspot.com.br/search/label/Esposa%20de%20L%C3%B3