domingo, 31 de março de 2013


HÁ TEMPO DE CALAR ...


Façamos silêncio a fim de que possamos ouvir o sussurro de Deus”.
Ralph W. Emerson

Era provavelmente a última vez que pai e filho iriam se ver. O filho era John Patton e ele estava indo para uma missão que muitos consideravam suicida: pregar aos nativos das Novas Hébridas. Alguns deles eram canibais e haviam dizimado uma expedição cristã anos antes. Patton narrou o final de uma caminhada com seu pai, de cerca de dez quilômetros, até à estação de trem que o levaria para distante de sua família: “No último meio quilômetro, ou perto disso, caminhamos juntos em um silêncio quase impenetrável [...] Seus lábios continuavam se movendo em oração silenciosa por mim, e suas lágrimas caíram rápidas quando nossos olhos se encontraram, pois toda fala era vã!”[1] Há silêncios eloquentes. Existem momentos em que palavras podem quebrar a sacralidade de uma cena de amor, de empatia.

O mundo é ruidoso; há muito barulho (e ruim) por toda a parte. Outrossim, a igreja parece seguir em um contínuo frenesi de vozes e sons vazios. Ocorre, que muitas vezes precisamos calar nossa voz. Sim, há uma virtude no silêncio. Muitas vezes pecamos quando simplesmente não ficamos calados.

A Bíblia relata o silêncio de Jesus em algumas ocasiões. Como sabemos que Ele nunca pecou, concluímos que Cristo calou exatamente quando devia. Certa vez, instigado pelo sumo sacerdote a se defender de falsas acusações, Mateus afirma que Jesus “guardou silêncio” (Mt. 26:62-63). Quando Pilatos lhe perguntou se não ouvia as acusações dos judeus, as Escrituras narram: “Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador” (Mt. 27:14). Havia, inclusive, uma profecia sobre este momento do Messias: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is. 53:7).

Há várias situações em que um cristão deve calar-se. Uma delas é mencionada pelo salmista Davi: “Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua” (Sl. 39:1). Quantas conversas perniciosas já foram compartilhadas! Quantas palavras espúrias foram pronunciadas! Às vezes, falar pode trazer irritação, constrangimento ou incitar mágoa a outrem.

Muitas vezes, as palavras são apenas desnecessárias. Nunca esqueci o testemunho escrito pelo pastor Stephen Brown. Na primeira vez que teve que lidar com uma morte em sua congregação, ele passou por uma situação difícil. Preparou com cuidado as palavras para consolar a viúva. No entanto, ao chegar ao velório, esqueceu tudo. Tentou falar algumas palavras, mas fez tanta confusão que preferiu calar-se. Ficou, então, sentado no sofá, envergonhado e humilhado. Alguns dias mais tarde a esposa enlutada o procurou. Stephen começou a se desculpar, mas ela o interrompeu: “Pastor, quero agradecer-lhe tudo o que o senhor fez por mim. Não sei como poderia ter enfrentado tudo sem o senhor”. Com sinceridade, o pastor disse-lhe que não havia feito nada. Então, ela sorriu e disse: “O senhor esteve presente”.[2] Falamos, mas não somente com os lábios. Talvez, por isso a Bíblia diga: “seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tg. 1:19).

O silêncio também pode estar carregado de reverência. Ocorre quando estamos tão conscientes da presença de Deus que nos faltam forças e motivação para pronunciar qualquer palavra. O profeta Habacuque declarou: “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hc. 2:20). Ficamos emudecidos perante a majestade divina. Reconhecemos nossa pequenez e Sua infinita grandeza. O sábio escritor de Eclesiastes afirmou: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra” (Ec. 5:2).

A.W. Tozer escreveu certa vez: “um progresso espiritual bem maior pode ser alcançado num curto momento de silêncio completo com temor diante da presença de Deus do que em anos de estudo, somente”[3]. Este silêncio não é o da frieza ou indiferença. Calamos não porque não temos nada a falar, mas porque não sabemos como expressar em palavras.
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[1] Citado em PIPER. John, Completando as aflições de Cristo. São Paulo-SP, Shedd Publicações, 2010, p. 84.
[2] BROWN. Stephen. Quando a corda se rompe. Ed. Vida, 1990, p.91.
[3] Este mundo: lugar de lazer ou campo de batalha? Rio de Janeiro-RJ, Danprewans, 1999, p. 51.
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Fonte: Confeitaria Cristã.

Artigo extraído do site: http://www.artedechocar.com/2013/03/ha-tempo-de-calar-ec-37/?tm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

segunda-feira, 25 de março de 2013


VOCÊ TEM PACIÊNCIA?



Lorena Alves de Oliveira

"Tendes necessidade de paciência". Hebreus 10:36

Na Bíblia, Deus diz assim: “Tendes necessidades de paciência.” Isto quer dizer você precisa aprender a esperar Deus agir. 
Por que temos de esperar por Deus?                                                                                                    
A Bíblia diz que temos necessidade de paciência para fazermos o que Deus quer e recebermos o que Ele prometeu. Quando confiamos em Deus e esperamos por Ele, recebemos  suas melhores dádivas.                          

O que é Paciência?

Segundo o dicionário Pribeam é a capacidade de tolerar contrariedades, dissabores, infelicidades. Sossego com que se espera uma coisa desejada. Perseverança.

Uma maneira linda de nos lembrar da verdade:                                                                                                                   

1-“Ter paciência consigo mesmo é esperança”.                                                                                                                   

2-“Ter paciência com o outro é amor”.                                                                                                                       

3-“Ter paciência com Deus é Fe”.                                                                                                        

A Bíblia, no entanto, fala de paciência como um fruto do Espírito (Gálatas 5:22) o qual deve ser produzido por todos os cristãos.                                                                                                                                     

Ela também se refere á Jó, cuja perseverança foi recompensada: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofrem. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso”. (Tiago 5:11).                                                                                                                              

Exercício da Paciência: 

Qual marca você tem deixado?    

Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito ruim. O pai desse garoto deu-lhe um saco com pregos e disse-lhe que toda vez que ele perdesse a paciência, deveria martelar um prego atrás da cerca. No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos. Em algumas semanas, ia aprendendo a controlar seu temperamento e o número de pregos martelados por dia reduziu gradativamente. Descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca… Finalmente chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência nenhuma vez. E disse aquilo ao seu pai. Este sugeriu que ele retirasse um prego por cada dia que ele conseguisse controlar seu temperamento. Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Então o pai pegou a mão do seu filho e o levou para a cerca e disse: “Você foi muito bem meu filho!” Mas olha todos esses buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma. Quando você diz coisas com a cabeça quente, elas deixam marcas como estas. Você pode ferir um homem com uma faca e depois tirar a faca, não importa quantas vezes você pedir perdão, a ferida ainda vai estar ali. Uma ferida verbal é tão grave quanto uma física. 

Lembre-se da lição que o pai ensinou para o filho. Que “buracos” você tem feito recentemente? Alguns podem ser grandes e outros pequenos. Sejam do tamanho que forem, cada buraco que é feito com raiva faz a vida um pouco mais feia. A próxima vez que você começar a sentir raiva, tente se expressar de maneira diferente e reduzir o número de buracos que você faz.

quarta-feira, 20 de março de 2013

COMUNHÃO E PARTIR DO PÃO


Mulheres amadas ...

UMA BREVE E PROFUNDA REFLEXÃO


Igreja que se reúne em Goiânia

               Em meio a tantos fatos, atos de exibicionismo, teorias em nome da igreja, julgamentos e heresias, faz com que necessitemos pelo menos para aqueles que ainda não se deixaram levar pelas ondas e modas, com auxilio do Espírito Santo, ser conduzidos à Verdade! Carecemos ser iluminados e purificados pelos rudimentos primários, a simplicidade e santidade contidas na palavra de Deus, que é inspirada e serve para ensino, admoestação, exortação e correção.

      Voltar ao princípio, repetindo e repetindo o que significa a igreja, nos faz lembrar Paulo em sua carta aos filipenses, na qual ele adverte que falar sobre a mesma coisa é para nós segurança! “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós.” Filipenses 3:1
       
               Devemos nos voltar e nos render ao teor da verdade contida na própria Palavra de Deus acerca do que seja igreja e ser igreja. Quando o próprio Jesus coloca-se como pedra fundamental, isso deve trazer ao nosso entendimento que Ele é o fundamento, o elo, o objetivo, o motivo e fortaleza, sem essas coisas e sem Jesus Cristo, não há sentido ou propósito na reunião de santos, a comunhão, a congregação e o serviço!

      A reunião dos santos, onde cada qual tem sua importância, o corpo vivo do Senhor (1Co 12) onde há manifestação da multiforme sabedoria de Deus Pai (Ef. 3:10), o lugar onde praticamos o verdadeiro Cristianismo, o partir do pão, o servir, a submissão, a obediência, a adoração, lugar de edificação, a doação, a renúncia, são apenas algumas das características da igreja que Jesus nos mostra ser a noiva que deseja resgatar!

        A igreja não deve ser diminuída a um lugar físico com formas definidas, rituais, cargos, horários, benefícios, ordens, pedras, altares incensos e tijolos! A habitação do Senhor não é construída por mãos humanas, somos templos do Espírito Santo e a presença de Jesus está onde dois ou mais irmãos se reúnem em seu santo nome!

     Pedro nos lembra que somos como pedras vivas para sermos edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecermos sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
(1 Pedro 2:5)

        E na simplicidade que somos igreja, chamados para fora para servir uns aos outros com amor e perseverança, nos dedicando na comunhão, na oração e no partir do pão.