sexta-feira, 6 de setembro de 2013


Oi minhas amadas. Quanto tempo ... mas estamos firmes com nossas reuniões às terças. Nesta próxima reunião teremos a presença de uma amiga muito especial. Ela compartilhará como Jesus restaurou sua vida sentimental. Você é nossa convidada. Oremos para que o Senhor se manifeste e que sejamos transformadas pelo Seu Amor. Um beijo santo da mirelle

domingo, 31 de março de 2013


HÁ TEMPO DE CALAR ...


Façamos silêncio a fim de que possamos ouvir o sussurro de Deus”.
Ralph W. Emerson

Era provavelmente a última vez que pai e filho iriam se ver. O filho era John Patton e ele estava indo para uma missão que muitos consideravam suicida: pregar aos nativos das Novas Hébridas. Alguns deles eram canibais e haviam dizimado uma expedição cristã anos antes. Patton narrou o final de uma caminhada com seu pai, de cerca de dez quilômetros, até à estação de trem que o levaria para distante de sua família: “No último meio quilômetro, ou perto disso, caminhamos juntos em um silêncio quase impenetrável [...] Seus lábios continuavam se movendo em oração silenciosa por mim, e suas lágrimas caíram rápidas quando nossos olhos se encontraram, pois toda fala era vã!”[1] Há silêncios eloquentes. Existem momentos em que palavras podem quebrar a sacralidade de uma cena de amor, de empatia.

O mundo é ruidoso; há muito barulho (e ruim) por toda a parte. Outrossim, a igreja parece seguir em um contínuo frenesi de vozes e sons vazios. Ocorre, que muitas vezes precisamos calar nossa voz. Sim, há uma virtude no silêncio. Muitas vezes pecamos quando simplesmente não ficamos calados.

A Bíblia relata o silêncio de Jesus em algumas ocasiões. Como sabemos que Ele nunca pecou, concluímos que Cristo calou exatamente quando devia. Certa vez, instigado pelo sumo sacerdote a se defender de falsas acusações, Mateus afirma que Jesus “guardou silêncio” (Mt. 26:62-63). Quando Pilatos lhe perguntou se não ouvia as acusações dos judeus, as Escrituras narram: “Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador” (Mt. 27:14). Havia, inclusive, uma profecia sobre este momento do Messias: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is. 53:7).

Há várias situações em que um cristão deve calar-se. Uma delas é mencionada pelo salmista Davi: “Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua” (Sl. 39:1). Quantas conversas perniciosas já foram compartilhadas! Quantas palavras espúrias foram pronunciadas! Às vezes, falar pode trazer irritação, constrangimento ou incitar mágoa a outrem.

Muitas vezes, as palavras são apenas desnecessárias. Nunca esqueci o testemunho escrito pelo pastor Stephen Brown. Na primeira vez que teve que lidar com uma morte em sua congregação, ele passou por uma situação difícil. Preparou com cuidado as palavras para consolar a viúva. No entanto, ao chegar ao velório, esqueceu tudo. Tentou falar algumas palavras, mas fez tanta confusão que preferiu calar-se. Ficou, então, sentado no sofá, envergonhado e humilhado. Alguns dias mais tarde a esposa enlutada o procurou. Stephen começou a se desculpar, mas ela o interrompeu: “Pastor, quero agradecer-lhe tudo o que o senhor fez por mim. Não sei como poderia ter enfrentado tudo sem o senhor”. Com sinceridade, o pastor disse-lhe que não havia feito nada. Então, ela sorriu e disse: “O senhor esteve presente”.[2] Falamos, mas não somente com os lábios. Talvez, por isso a Bíblia diga: “seja pronto para ouvir, tardio para falar” (Tg. 1:19).

O silêncio também pode estar carregado de reverência. Ocorre quando estamos tão conscientes da presença de Deus que nos faltam forças e motivação para pronunciar qualquer palavra. O profeta Habacuque declarou: “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hc. 2:20). Ficamos emudecidos perante a majestade divina. Reconhecemos nossa pequenez e Sua infinita grandeza. O sábio escritor de Eclesiastes afirmou: “Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra” (Ec. 5:2).

A.W. Tozer escreveu certa vez: “um progresso espiritual bem maior pode ser alcançado num curto momento de silêncio completo com temor diante da presença de Deus do que em anos de estudo, somente”[3]. Este silêncio não é o da frieza ou indiferença. Calamos não porque não temos nada a falar, mas porque não sabemos como expressar em palavras.
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[1] Citado em PIPER. John, Completando as aflições de Cristo. São Paulo-SP, Shedd Publicações, 2010, p. 84.
[2] BROWN. Stephen. Quando a corda se rompe. Ed. Vida, 1990, p.91.
[3] Este mundo: lugar de lazer ou campo de batalha? Rio de Janeiro-RJ, Danprewans, 1999, p. 51.
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Fonte: Confeitaria Cristã.

Artigo extraído do site: http://www.artedechocar.com/2013/03/ha-tempo-de-calar-ec-37/?tm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

segunda-feira, 25 de março de 2013


VOCÊ TEM PACIÊNCIA?



Lorena Alves de Oliveira

"Tendes necessidade de paciência". Hebreus 10:36

Na Bíblia, Deus diz assim: “Tendes necessidades de paciência.” Isto quer dizer você precisa aprender a esperar Deus agir. 
Por que temos de esperar por Deus?                                                                                                    
A Bíblia diz que temos necessidade de paciência para fazermos o que Deus quer e recebermos o que Ele prometeu. Quando confiamos em Deus e esperamos por Ele, recebemos  suas melhores dádivas.                          

O que é Paciência?

Segundo o dicionário Pribeam é a capacidade de tolerar contrariedades, dissabores, infelicidades. Sossego com que se espera uma coisa desejada. Perseverança.

Uma maneira linda de nos lembrar da verdade:                                                                                                                   

1-“Ter paciência consigo mesmo é esperança”.                                                                                                                   

2-“Ter paciência com o outro é amor”.                                                                                                                       

3-“Ter paciência com Deus é Fe”.                                                                                                        

A Bíblia, no entanto, fala de paciência como um fruto do Espírito (Gálatas 5:22) o qual deve ser produzido por todos os cristãos.                                                                                                                                     

Ela também se refere á Jó, cuja perseverança foi recompensada: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofrem. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso”. (Tiago 5:11).                                                                                                                              

Exercício da Paciência: 

Qual marca você tem deixado?    

Era uma vez um garoto que tinha um temperamento muito ruim. O pai desse garoto deu-lhe um saco com pregos e disse-lhe que toda vez que ele perdesse a paciência, deveria martelar um prego atrás da cerca. No primeiro dia o garoto enfiou 37 pregos. Em algumas semanas, ia aprendendo a controlar seu temperamento e o número de pregos martelados por dia reduziu gradativamente. Descobriu que era mais fácil controlar seu temperamento do que martelar todos aqueles pregos na cerca… Finalmente chegou o dia em que o garoto não perdeu a paciência nenhuma vez. E disse aquilo ao seu pai. Este sugeriu que ele retirasse um prego por cada dia que ele conseguisse controlar seu temperamento. Finalmente chegou o dia em que o garoto havia retirado todos os pregos da cerca. Então o pai pegou a mão do seu filho e o levou para a cerca e disse: “Você foi muito bem meu filho!” Mas olha todos esses buracos na cerca. A cerca jamais será a mesma. Quando você diz coisas com a cabeça quente, elas deixam marcas como estas. Você pode ferir um homem com uma faca e depois tirar a faca, não importa quantas vezes você pedir perdão, a ferida ainda vai estar ali. Uma ferida verbal é tão grave quanto uma física. 

Lembre-se da lição que o pai ensinou para o filho. Que “buracos” você tem feito recentemente? Alguns podem ser grandes e outros pequenos. Sejam do tamanho que forem, cada buraco que é feito com raiva faz a vida um pouco mais feia. A próxima vez que você começar a sentir raiva, tente se expressar de maneira diferente e reduzir o número de buracos que você faz.

quarta-feira, 20 de março de 2013

COMUNHÃO E PARTIR DO PÃO


Mulheres amadas ...

UMA BREVE E PROFUNDA REFLEXÃO


Igreja que se reúne em Goiânia

               Em meio a tantos fatos, atos de exibicionismo, teorias em nome da igreja, julgamentos e heresias, faz com que necessitemos pelo menos para aqueles que ainda não se deixaram levar pelas ondas e modas, com auxilio do Espírito Santo, ser conduzidos à Verdade! Carecemos ser iluminados e purificados pelos rudimentos primários, a simplicidade e santidade contidas na palavra de Deus, que é inspirada e serve para ensino, admoestação, exortação e correção.

      Voltar ao princípio, repetindo e repetindo o que significa a igreja, nos faz lembrar Paulo em sua carta aos filipenses, na qual ele adverte que falar sobre a mesma coisa é para nós segurança! “Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós.” Filipenses 3:1
       
               Devemos nos voltar e nos render ao teor da verdade contida na própria Palavra de Deus acerca do que seja igreja e ser igreja. Quando o próprio Jesus coloca-se como pedra fundamental, isso deve trazer ao nosso entendimento que Ele é o fundamento, o elo, o objetivo, o motivo e fortaleza, sem essas coisas e sem Jesus Cristo, não há sentido ou propósito na reunião de santos, a comunhão, a congregação e o serviço!

      A reunião dos santos, onde cada qual tem sua importância, o corpo vivo do Senhor (1Co 12) onde há manifestação da multiforme sabedoria de Deus Pai (Ef. 3:10), o lugar onde praticamos o verdadeiro Cristianismo, o partir do pão, o servir, a submissão, a obediência, a adoração, lugar de edificação, a doação, a renúncia, são apenas algumas das características da igreja que Jesus nos mostra ser a noiva que deseja resgatar!

        A igreja não deve ser diminuída a um lugar físico com formas definidas, rituais, cargos, horários, benefícios, ordens, pedras, altares incensos e tijolos! A habitação do Senhor não é construída por mãos humanas, somos templos do Espírito Santo e a presença de Jesus está onde dois ou mais irmãos se reúnem em seu santo nome!

     Pedro nos lembra que somos como pedras vivas para sermos edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecermos sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
(1 Pedro 2:5)

        E na simplicidade que somos igreja, chamados para fora para servir uns aos outros com amor e perseverança, nos dedicando na comunhão, na oração e no partir do pão.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


VASOS QUEBRADOS 



Mirelle Ivy Diniz Miotto

De acordo com a Bíblia, nós somos um corpo onde habita uma alma e dentro da qual está o espírito do homem, que é o fôlego de vida que foi soprado por Deus e que nos mantém vivos. De acordo com essa divisão, o corpo representa a carne para a qual pende nossa alma, que é o lugar onde está nossa vontade. A alma também é chamada na Bíblia de coração e é aonde estão nossas emoções e sentimentos. A luta de Satanás é justamente para conquistar nossa alma, o que chamaremos aqui de homem exterior. Já o espírito do homem chamaremos de homem interior. 

Paulo escreveu em sua segunda epístola aos Coríntios que: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia” (4:16).  O Evangelho de Lucas traz uma oração feita por Maria ao escutar sua prima Isabel dizer, cheia do Espírito, que seria a mãe do Senhor, na qual ela diz: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” (1:46-47). No livro de Hebreus também temos que: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (4:12). E mais: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:23). 

Notemos que a Bíblia menciona claramente a existência e diferenciação da alma e do espírito do homem, sendo que os dois podem, até mesmo serem dividos pela Palavra de Deus. Também sabemos que existe o Espírito Santo de Deus que quer vivificar o nosso homem interior de tal forma, que o nosso homem exterior (alma) seja governado pelo Espírito e não pela carne.

Antes de qualquer coisa, devemos entender o que não é ser governado pelo Espírito. Assim, surgem duas situações que devemos superá-las, se é que queremos ser verdadeiramente governados pelo Espírito Santo de Deus. 

A primeira delas: Vida espiritual não é ascetismo.

O que vem a ser ascetismo? De acordo com o dicionário trata-se de uma doutrina moral ou religiosa que consiste na prática de mortificações corporais e intensa atividade espiritual com a finalidade de alcançar perfeição moral. Infelizmente, muitos acham que o caminho da espiritualidade é o entrar dentro de uma caverna, ou subir para um monte e ficar dias, meses ou anos totalmente separado do mundo. É certo que não só podemos, como devemos buscar momentos de separação, para orar, buscar a Deus e fortalecer o nosso espírito, Jesus ficou 40 dias no deserto em jejum e oração. Mas ele foi impelido pelo Espírito de Deus e não por um desejo íntimo e pessoal de se tornar um gigante da espiritualidade. Não podemos cair na armadilha de tentar reprimir nossa alma, ou desprezar sua existência, muitas pessoas já falharam tentando este caminho. Pelo contrário, devemos buscar o fortalecimento do nosso espírito, de tal modo, que nossa alma seja ganha, salva e levada a servir com plena alegria. Jesus disse para tomarmos o seu jugo, que é leve e suave, nisto aprenderemos que nossa alma encontra seu maior valor em servir aos outros e não em se isolar dentro de uma redoma de vidro. 

A segunda situação a ser superada: A culpa não é dos outros.

Qualquer um que sirva o Senhor descobrirá, mais cedo ou mais tarde, que o maior impedimento para a Sua obra não são as outras pessoas, mas, ele mesmo. Isto acontece porque seu homem exterior está em total descompasso com o homem interior, enquanto Deus quer te levar para um lado, você está tentando fazer tudo do seu jeito. Na Epístola aos Romanos, capítulo 7, versículos 22 a 25, Paulo ensina que: “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” 

Ou seja, quando Deus vem habitar em nós, através do seu Espírito, Ele se instala em nosso homem interior, ou seja, em nosso espírito. Acima do homem interior, no entanto, está a nossa alma (homem exterior) onde funcionam nossas emoções, pensamentos e nossa vontade. O corpo físico, sem a alma não serve para absolutamente nada, pois é apenas carne morta. Mas a alma sem o espírito também não serve para muita coisa, pois somente pode trabalhar para Deus aquele homem cuja alma é governada pelo Espírito Santo. Pois o homem interior tem prazer na Lei de Deus, mas os seus membros são prisioneiros da lei do pecado e da morte. Mas quem nos livrará desta morte? Assim, quando estamos tentando servir a Deus apenas pela alma, nós não conseguimos superar toda a oposição externa que se levanta contra nós. Pode ser que tenhamos uma alma forte (personalidade), mas esta alma forte somente poderá fazer com que superemos, na carne, a oposição natural que se levanta quando buscamos o serviço cristão. 

Assim, muita gente, dentro das “Igrejas”, está vivendo igual aqueles animais selvagens da África, que ficam em um lugar enquanto houver água e alimento, quando vem a seca ou o ambiente se torna muito hostil, eles juntam seus bandos e cruzam grandes distâncias até encontrar outro lugar, assim sucessivamente, até o fim de suas vidas. Muitos cristãos agem da mesma forma, ficam em um lugar enquanto o ambiente lhe for favorável e enquanto acharem que tem água e comida suficiente, no momento em que acham que não estão sendo devidamente valorizados, que não estão sendo devidamente alimentados, pegam suas coisas e partem, com seus bandos, para procurarem outras pastagens. O pior é que nunca vão encontrar lugar seguro, pois estão tentando servir ao Senhor somente na alma. Seu homem interior ainda não pôde ser liberado através do quebrantamento da alma. 

Devemos lembrar que Deus, quando chamou seu servo Moisés para conduzir Seu povo para fora do Egito apenas disse que os guiaria para a terra prometida. Eles não sabiam que iriam ficar quarenta anos no deserto. Se o soubessem, duvido que teriam saído do Egito. Quando estamos no deserto, se nosso homem interior não estiver em evidência, nosso homem exterior (alma) passa a murmurar e nada nos agrada. Mas o deserto é justamente o lugar onde aprendemos a ser quebrantados e a esperar somente no Senhor. Muitos devem ter culpado Moisés por todo aquele suposto “infortúnio” pelo qual estavam passando. Mas como nos livrar de sermos guiados pela nossa alma (homem exterior)? 

Temos a primeira dica nas palavras de Jesus, em João 12:24: “Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.” Ora, todos sabemos que qualquer semente, para se transformar em uma árvore frutífera precisa ter sua casca (dura) quebrada. Enquanto a casca da semente não for rachada no interior do solo, o trigo não tem como brotar. De modo que a questão principal não é se existe vida dentro da semente, mas se a sua casca foi, ou não, rachada para que esta vida venha à tona. 

Mais uma vez, o próprio Jesus nos ensina o caminho para que o homem interior seja liberado para servirmos ao Senhor, ele diz no verso seguinte que: “Quem ama a sua vida (alma) perdê-la-á, e quem, neste mundo, aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna” (v. 25). A casca que impede que nosso homem interior possa crescer e produzir muito fruto é a nossa alma (vida), para que a vida interior se manifeste é imprescindível que a casca exterior seja quebrantada, rachada mesmo. Se amarmos nossa vida da alma mais do que a vida do espírito que Deus quer que vivamos, a Bíblia diz que iremos perdê-la. Ao contrário se abrirmos nosso coração para que brote a verdadeira vida espiritual, aí sim, teremos a graça da vida eterna. 

Assim, quando dizemos que precisamos ser quebrantados na presença do Senhor, não é uma simbologia, ou apenas um modo de falar, trata-se de uma realidade que precisamos não só conhecer, mas vivermos com toda intensidade. 

A Bíblia nos conta a história de que Jesus estando em Betânia, na casa de Simão, o leproso: “veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres”  (Marcos 14:3-5).

Ora, muitas pessoas ficam muito mais apegadas ao valor externo do vaso de alabastro (vaso de mármore onde se colocava perfume) pensando que seu valor é superior ao do seu conteúdo. A Bíblia diz que o nardo era puro, para que seja demonstrada a atitude puramente espiritual da mulher. Muitos ali acharam que o vaso deveria ser valorizado, em detrimento da atitude de verdadeira adoração feita por aquela mulher. Da mesma forma, muitos pensam que seu homem exterior é muito mais valioso do que o homem interior. Este é o grande problema, pessoas que valorizam por demais suas habilidades, sua inteligência e emoções, em detrimento daquilo que o Espírito Santo de Deus quer fazer através da liberação do nardo puro que está dentro de nós. Assim, muitos se engrandecem sobre os outros, acham que suas habilidades são superiores, que sua eloquência ultrapassa os demais, que seu julgamento e capacidade de ação são mais puros de que os dos outros. Enquanto nos considerarmos assim tão preciosos, a fragrância de Cristo jamais poderá fluir através de nossas vidas.

Por que, pois devemos considerar-nos tão preciosos, se nosso interior retém a fragrância, ao invés de liberá-la?

Sem quebrar o exterior, interior não surgirá. O Espírito Santo não cessou de operar. Cada operação disciplinar tem um só propósito: quebrar nosso homem exterior a fim de que nosso homem interior possa se manifestar. Aqui, porém está nossa dificuldade: ficamos impacientes por causa de qualquer problema, murmuramos diante de perdas de pequena monta. O Senhor está preparando um modo de usar-nos, mas mal a Sua mão nos tocou, sentimo-nos infelizes, até ao ponto de contendermos com Deus e de nos tornarmos negativos em nossas atitudes.

Desde que convertemos, fomos tocados várias vezes e de várias maneiras pelo Senhor, e tudo com o propósito de quebrar nosso homem exterior. Quer tenhamos consciência disto ou não, o alvo do Senhor é quebrar este homem exterior, é quebrar nossa casaca, é quebrar nosso eu. 

A Bíblia nos diz em 2 Coríntios, capítulo 4, versículo 7: “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. Desta maneira, o tesouro está no vaso de barro, mas se o vaso não for quebrado, quem poderá ver o tesouro que está dentro? Qual é o objetivo final da operação do Senhor em nossas vidas? É quebrar este vaso de barro, é quebrar nosso vaso de alabastro, é arrombar nossa casca. O Senhor anseia por achar um meio de abençoar o mundo através daqueles que pertencem a Ele. O quebrantamento é o caminho da benção, o caminho da fragrância, o caminho da frutificação, mas também é um caminho salpicado de sangue. Sim, há sangue de muitas feridas. Quando nos oferecermos ao Senhor para fazer a Sua obra não podemos nos dar ao luxo da morosidade de nos pouparmos. Devemos deixar que o Senhor rache totalmente nosso homem exterior, de modo que Ele possa achar um caminho para suas operações.

Cada um de nós deve descobrir para si mesmo qual é a mente do Senhor para sua vida. É um fato muitíssimo lamentável, que muitos não sabem qual é a mente, ou seja, a intenção do Senhor para suas vidas. Quanto mais precisam de que Ele abra os seus olhos, para ver que tudo quanto entra em suas vidas pode ter um significado. Entender o propósito do Senhor é ver muito claramente que Ele visa um único objetivo: o quebrantamento do homem exterior.

Muitas pessoas, no entanto, antes mesmo que o Senhor erga Sua mão, já estão aflitas. Minhas amadas, devemos reconhecer que todas as experiências, problemas e provações permitidos pelo Senhor são para o nosso bem supremo. Não podemos esperar que o Senhor nos dê coisas melhores (segundo nosso entendimento), pois estas são as melhores. Se alguém se aproximasse de Deus e orasse: “Ó Senhor, por favor, deixa-me escolher o melhor”. Creio que Ele lhe diria: “Aquilo que Eu te dei é o melhor, tuas provações diárias são para teu máximo proveito.” Assim, o motivo por detrás de toda a providência de Deus é quebrantar nosso homem exterior. Uma vez que isto ocorre, o espírito pode fluir ...

O caminho para a liberação da fragrância de Cristo é a cruz. Pois a cruz conduz o homem exterior à morte, racha a casca humana e faz brotar o perfume de Cristo. A cruz deve quebrar tudo que vem da alma, nossas opiniões, nossos modos de agir, nosso amor-próprio, ou seja, tudo que há em nós deve ser destruído na cruz. Lembremo-nos as Palavras de Jesus: “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:27). 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013


ESPANTE AS AVES DE RAPINA



Mirelle Ivy Diniz Miotto

Muitas de nós já nos deparamos com situações muito difíceis. Quando estamos no meio da tribulação é complicado, aos olhos naturais, enxergar que algo possa mudar e o milagre ocorrer. Você pode estar passando por problemas no casamento, infidelidade, falta de dinheiro, desemprego, infertilidade, feridas causadas por pessoas que amamos, abandono, doença etc e fica tão abitolada na situação que só consegue olhar pra ela. Sua vida fica totalmente envolvida pelo problema. Você “respira” o problema, você “come” o problema, você só fala do problema ... tudo gira em torno dele.

De repente, Deus te fala que o problema vai passar, que a ferida vai ser curada, que haverá a restauração, o perdão e que haverá abertura de portas. Qual sua reação? Muitas vezes é: “não acredito que isso aconteça comigo”.

Abrão passou por uma situação complicada também. Sua esposa Sarai era infértil e já estava avançada em idade. O sonho deles era ter filhos e diante desta situação Deus vem a ele e diz:

... Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no SENHOR, e imputou-lhe isto por justiça.” Gênesis 15:5-6

Abrão estava com um problema, o Senhor lhe faz uma promessa e ele crê. Muitas de nós no meio do caos do problema, escuta a voz do Senhor, mas não conseguimos crer.

Abrão creu e isso lhe foi imputado por justiça. Mas isto não quer dizer que a benção veio instantaneamente e sem lutas. Vamos ver o que aconteceu:

Disse-lhe mais: Eu sou o SENHOR, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la. E disse ele: Senhor DEUS, como saberei que hei de herdá-la? E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu. E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele. Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,  Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza.  E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o SENHOR uma aliança com Abrão, dizendo: Å tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, E o heteu, e o perizeu, e os refains, E o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu.” Gênesis 15:7-21

Depois de ter feito a promessa a Abrão o Senhor lhe requereu um sacrifício, que foi prontamente preparado. Só que houve um detalhe significativo no momento de oferecer o sacrifício: vieram as aves de rapina querendo roubar o sacrifício. Porém, Abrão teve uma postura de não deixar isto acontecer: enxotou as aves de rapina.

Segundo a revista “Super Interessante”, aves de rapina são todos os pássaros carnívoros e caçadores. Os mais conhecidos são as águias, os gaviões e os falcões, mas também fazem parte do grupo algumas espécies de corujas e abutres. Predadores perfeitamente equipados para matar, esses animais têm visão aguçadíssima: enxergam, em média, duas vezes mais que o homem. Assim, são capazes de avistar sua presa a dezenas de metros de altura e mergulhar diretamente sobre ela. São também as aves mais velozes que existem, atingindo até 268 km/h no caso do falcão peregrino. E, como se não bastasse, ainda possuem duas armas letais: o bico afiado e as garras em forma de foice. “Graças a esses atributos, elas quase sempre pegam sua vítima na primeira tentativa”, afirma o ornitólogo Luis Sanfilippo, da Fundação Zoológico de São Paulo, especialista em rapinantes. (Fonte: http://super.abril.com.br/mundo-animal/sao-aves-rapina-442232.shtml)

Agora podemos ter uma noção que tipo de aves Abrão estava lidando e a coragem dele em enfrentá-las para não deixá-las comer o seu sacrifício. Pensem numa situação complicada, pois após Abrão enxotar as aves, um profundo sono caiu sobre ele; e eis que grande espanto e grande escuridão caíram sobre ele. Que atmosfera opressora e angustiante! A pressão espiritual era tão forte que a escuridão e o espanto vieram sobre ele para impedi-lo de oferecer seu sacrifício. Tal situação me faz lembrar quando Jesus chamou alguns de seus discípulos para orarem com ele no Getsêmani e diante da pressão espiritual daquele momento Pedro e os dois filhos de Zebedeu adormeceram porque seus olhos estavam carregados impedindo-lhes de orarem. Mateus 26:36-45

As “aves de rapina” sempre aparecem querendo nos atrapalhar e surgem sempre num momento muito específico: quando vamos realmente obter a vitória. Espiritualmente, podemos dizer que elas são o medo, a falta de fé, a covardia, a tristeza, a dúvida, os maus pensamentos, retrocessos, o pecado. E quando aparecem tais aves, qual deve ser nossa atitude? Espantá-las e obedecer ao comando de Deus.

Lembremos da parábola do semeador:


"E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;" Mateus 13:3-4

Eis a explicação:

"Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho." Mateus 13:19


Muitas pessoas têm medo de dar um passo de fé porque deixa a dúvida se alastrar. Parece estranho dizer isto, mas a dúvida faz você acreditar que o impossível jamais irá acontecer. Ao contrário da fé, que faz você acreditar no que não vê. Crer de todo o coração é requisito fundamental para que a Palavra de Deus se cumpra em sua vida.

A respeito do poder da fé, o Evangelho de Marcos 11.23 diz: "...Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.” A fé faz mover os montes, a dúvida, no entanto, não move sequer um grão de mostarda.

Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”  Hebreus 11:6

Abrão sabia que as aves queriam acabar com o seu sacrifício. Porém, ele conhecia o caráter do Deus que servia. Quando você conhece o caráter de Deus, a dúvida deixa de existir, pois você sabe em quem confiar!

Chegará o momento em que Deus lhe pedirá o sacrifício (do eu/carne). Siga a orientação de Deus. Faça o que Ele lhe mandar e quando as aves de rapina vierem comer o seu sacrifício, ESPANTE-AS.

domingo, 27 de janeiro de 2013


VOCÊ JÁ MATOU O SEU EGÍPCIO?


Tereza Cristina Cunha de Brito

Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus labores penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu povo. Olhou de um e de outro lado, e, vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio, e o escondeu na areia.” Ex. 2:10-11.

Estou a meditar nestas palavras e nas ações de Moisés diante daquilo que Deus coloca a nossa frente como desafios, obstáculos, provações, testes, enfim, que armas tenho utilizado para reagir a tantas situações e circunstâncias inerentes a mim e ao que me rodeia?

Já estou a desempenhar a vontade e os planos de Deus para mim, ou ainda estou à caça de algum egípcio para matar, utilizando a força total de minha carne para enfrentar o que para mim é impossível até que haja a minha rendição, ou já estou a rodear o deserto tentando me esconder do inevitável, será que já tracei minha rota de fuga?

Ai dos que querem esconder profundamente o seu propósito do SENHOR, e fazem as suas obras às escuras, e dizem: Quem nos vê? E quem nos conhece?” Isaías 29:15

Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR.” Jeremias 23:24

Você já matou seu egípcio? Já esta superada toda a etapa física para realização da vontade de Deus? Quantas vezes nos colocamos em situações que nos levam a realizar tarefas, ações, atitudes bem intencionadas, mas precipitadas em prol do “bem” de alguém ou a nosso favor, e tentamos nos esconder?

A sujeição e submissão a Deus têm como objetivo a entrega de todo aparato de vontade, inteligência, força, para que aí sim a presença Dele se faça plena, se manifeste, que seu poder se aperfeiçoe, para que o esforço seja direcionado para a finalidade de se garantir a realização da vontade soberana de Deus, para que haja simplicidade no agir, para que haja aproveitamento do tempo, para que haja a liberdade do Espírito em mim, que quer realizar tudo isso e me contar a mente do Pai, seus desejos mais profundos!

Não quero dizer que etapas devem ser puladas, pois tudo tem uma razão de ser, tudo tem que ser processado a fim de haver um entendimento, mas coloco a importância de conhecer o que realmente precisa ser feito de fato, de acordo com o que está para mim reservado, que é exposto a mim quando entro em intimidade com Deus através de Jesus.

Só conhece o caminho aquele que caminha! E aí, você ainda quer matar um egípcio?

Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras.” Eclesiastes 5:2

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


VOLTANDO AO PRIMEIRO AMOR


Adaptado por Mirelle Ivy Diniz Miotto

Como era seu relacionamento com seu marido no início do casamento? Como era seu relacionamento com sua melhor amiga no início da amizade?

É claro que uma relação amadurece e nem tudo será sempre como foi no começo. Poderia dizer que muitas coisas melhoram ao longo dos anos, mas o fato é que no aspecto específico (expressar valor e carinho) as vezes decaímos em relação ao que já havíamos sido antes.

Se isto acontece no nível de relacionamento humano, natural, também acontece no plano espiritual. Da mesma forma que perdemos a paixão e a intensidade de nosso amor por deixar se envolver na rotina de um relacionamento com pessoas que realmente amamos, também acabamos deixando que a relação com o Senhor sofra desgastes. E o Deus que nos chamou à uma relação de amor total não aceita isto. Ele protesta e pede de volta aquilo que perdemos.

Nas visões do Apocalipse, que o apóstolo João recebeu na Ilha de Patmos, o Senhor lhe confiou algumas mensagens às Igrejas da Ásia. Na carta endereçada à Igreja de Éfeso, o Senhor Jesus protestou acerca da decadência de amor que a Igreja vinha apresentando. Ele protestou a perda do que denominou como o primeiro amor:

Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.2-5)

O PRIMEIRO AMOR

O que é o primeiro amor a que o Senhor Jesus se refere nesta mensagem? É um fogo em nosso íntimo, de grande intensidade, e que coloca Jesus acima de todas as outras coisas. Isto foi bem exemplificado em uma parábola de Cristo:

O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13.44)

O Senhor fala de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o Reino de Deus ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar de seu achado. Estas duas características são evidentes na vida de quem tem um encontro real com Jesus.

Esta alegria inicial foi mencionada por Jesus na parábola do semeador. O problema é que alguns cristãos permitem que ela desapareça diante de algumas provas:

O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.” (Mateus 13.20-21)

Outros cristãos, por sua vez, mesmo em face das mais duras provações, ainda permanecem transbordantes desta alegria:

Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.” (Atos 5.40-41)

O primeiro amor é aquele primeiro momento de relacionamento com Cristo em que todo o nosso ser devota a Ele. Abrimos mão de tudo por causa de Jesus:

O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.” (Mateus 13.45-46)

O Reino de Deus passa a ser prioridade absoluta. É quando amamos a Deus de todo nosso coração e alma, com todas as nossas forças e entendimento. Este primeiro amor nos leva a viver intensamente a fé. Foi assim desde o início da era cristã:

Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2.41-47)

Os relatos de Atos dos Apóstolos nos revelam uma Igreja viva, cheia de paixão e fervor:

Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35)

O apóstolo Paulo falou que o amor de Cristo (ou o entendimento da profundidade deste amor) nos constrange a não mais viver para nós mas para ele:

Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5.14-15)

Foi este constrangimento de amor que levou o apóstolo Paulo a trabalhar mais do que os demais apóstolos:

Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” (1 Coríntios 15.10)

Assim também se dá conosco hoje. O primeiro amor é uma profunda resposta ao entendimento do amor de Cristo, que nos leva a buscar e servir ao Senhor com intensidade e paixão.

A PERDA DO PRIMEIRO AMOR

Alguns acham que se o primeiro amor nos leva ao trabalho, então a perda do primeiro amor seria uma baixa da produtividade. Mas de acordo com o que Jesus falou na carta à Igreja de Éfeso, não se trata apenas de “relaxar” no trabalho de Deus, pois o Senhor lhes disse: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança” (Ap 2.2a). A palavra grega traduzida como “labor” é “kopos” que, de acordo com a Concordância de Strong, significa: “intenso trabalho unido a aborrecimento e fadiga”. Este tipo de labor seguido de perseverança não indica uma queda de produtividade no serviço do Senhor.

Tampouco se trata de desânimo ou desistência, uma vez que nesta mensagem profética o Senhor Jesus louva a persistência destes cristãos de Éfeso: “e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer” (Ap 2.3).

Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.4,5)

Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada pecado e necessita de arrependimento. Tem muito cristão que continua se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perdeu sua paixão. Faz o que faz por hábito, rotina, por medo, pelo galardão, por qualquer outro motivo que, acompanhado daquele primeiro amor intenso faria sentido, mas sozinho não.

A queixa que o Senhor faz é o fato destes cristãos terem deixado (ou abandonado, depende a tradução) o primeiro amor. A palavra grega “aphiemi”, traduzida como “abandonar” neste texto bíblico, tem um significado bem abrangente. A Concordância de Strong define esta palavra assim: “enviar para outro lugar; mandar ir embora ou partir; de um marido que divorcia de sua esposa; enviar, deixar, expelir; deixar ir, abandonar, não interferir; negligenciar; deixar ir, deixar de lado uma dívida; desistir; não guardar mais; partir; deixar alguém a fim de ir para outro lugar; desertar sem razão; partir deixando algo para trás; deixar destituído”.

As expressões acima refletem não apenas uma perda que possa ser denominada como acidental, mas um ato relapso de abandono, de descaso. O Senhor Jesus também não está protestando àquela Igreja por não o amarem mais. Não se tratava de ausência completa de amor, ainda havia amor. Porém, era um nível de amor que já não era mais intenso, não era o amor total que temos o dever de lhe oferecer.

POR QUE PERDEMOS O PRIMEIRO AMOR?

O primeiro amor é como um fogo, se você põe lenha ele se inflama mais, contudo, se você joga água ele se apaga… falhamos em não alimentar o fogo, mas também em permitir que outras coisas o apaguem.

Várias coisas contribuem para que nosso amor pelo Senhor sofra a perda de intensidade. Mas há três, especificamente, as quais quero dar atenção aqui. Se queremos nos prevenir e evitar esta queda, ou se queremos restauração depois de termos caído, precisamos entender estes aspectos e como eles nos afetam:

1) O convívio com o pecado;
2) A falta de profundidade;
3) A falta de tratamento.

O convívio com o pecado tem o poder de esfriar nosso amor por Deus:

E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará”. (Mateus 24.12)

Quando falo do convívio com o pecado, em vez do pecado em si, pretendo estabelecer uma diferença importantíssima aqui. É mais do que óbvio que quem vive no pecado está distante de Deus. O esfriamento do primeiro amor é chamado de pecado, mas não é ocasionado necessariamente por outro pecado na vida da pessoa. É uma perda espiritual num momento em que talvez a pessoa acredite que de fato tudo vai bem.
Creio que no texto acima Jesus se refere aos pecados da sociedade em que vivemos. Por se multiplicar o pecado à nossa volta (não necessariamente em nossa vida), passamos a conviver com algumas coisas que, ainda que não as pratiquemos, começamos a tolerar.

Precisamos ter o cuidado de não nos acostumarmos com o pecado à nossa volta. Muitas vezes o enredo dos filmes que nos proporcionam entretenimento nos fazem acostumar com certos valores contrários aos que pregamos. Acabamos aceitando violência, imoralidade e muitos outros valores mundanos. Mesmo que não cedendo a estes pecados, se não mantivermos um coração que aborreça o mal, nos acostumaremos a estes valores errados à ponto de nosso amor se esfriar. Precisamos agir como Ló, que se afligia pelas iniquidades cometidas à sua volta:

“E, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles), é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo”. (2 Pedro 2.6-9)

Um segundo fator que contribui para o esfriamento de nosso amor para com o Senhor é nossa falta de profundidade na vida cristã. Jesus fez menção, na parábola do semeador, da semente que caiu em solo pedregoso; é aquela planta que brota depressa,mas não desenvolve profundidade. Porque a raiz não consegue penetrar fundo no solo (pois se depara logo com a pedra), se torna superficial, se desenvolve na superfície. O resultado é que, saindo o Sol (figura do calor das provações), esta planta morre logo.

A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam”. (Lucas 8.13)

O segredo de não nos afastarmos do Senhor nem perdemos a alegria inicial é desenvolver profundidade. Muitos cristãos vivem só aos reuniões semanais. Não investem tempo num relacionamento diário, não oram, não se enchem da Palavra, não procuram mortificar sua carne e viver no Espírito, não se engajam no trabalho do Pai. São cristãos sem profundidade, vivem só na superfície! A questão de profundidade nas coisas espirituais é aplicada não só à caminhada cristã. Na carta à Igreja de Tiatira, no Apocalipse, o Senhor Jesus elogiou aqueles que não conheceram as profundezas de Satanás:

Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha”. (Apocalipse 2.24-25– ARC)

O mesmo princípio de profundidade se aplica ao reino de Deus e das trevas. Nós que conhecemos a verdade não podemos nos relacionar superficialmente com ela. Se desenvolvermos raízes profundas em Deus não fracassaremos na fé.

O terceiro fator que contribui para o esfriamento de nosso amor ao Senhor é a falta de tratamento em algumas áreas de nossas vidas. Vimos que um dos exemplos de crescimento abortado que Jesus revela na parábola do semeador é a falta de raiz, de profundidade. Mas outro exemplo que o Senhor nos dá nesta ilustração é o da semente que caiu entre espinhos:

Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram”. (Lucas 8.7)

Note que os espinhos não pareciam ser tão comprometedores a princípio, pois eram pequenos. Mas porque não foram arrancados, eles cresceram.

A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer”. (Lucas 8.14)

Aquelas áreas que não são tratadas em nossas vidas podem não parecer tão nocivas hoje, mas serão justamente estas áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor depois. A queda não é um acidente, nem um ato instantâneo ou imediato. É um PROCESSO que envolve repetidas negligências de nossa parte; e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas em nossas vidas.

Este é um caminho para proteger nosso amor ao Senhor. O cuidado nestas três áreas nos será útil para evitar a perda (ou depreciação) do primeiro amor. Contudo, muitos de nós já o temos perdido. E, mesmo que o reconhecimento das causas nos ajude a sermos preventivos daqui em diante, temos que fazer algo agora em relação à perda que já sofremos. Portanto, quero compartilhar o que tenho entendido nas Escrituras ser o caminho de volta…

O CAMINHO DE VOLTA

Foi o próprio Senhor Jesus que propôs o caminho de restauração:

Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.5)

Cristo falou de três passos práticos que devemos dar, a fim de voltarmos ao primeiro amor:

1) “Lembra-te”;
2) “Arrepende-te”;
3) “Volta à prática das primeiras obras”.

O primeiro passo é um ato de recordação, de lembrança do tempo anterior à perda do primeiro amor. Não há melhor maneira de retomá-lo do que esta… relembrar os primeiros momentos de fé, de experiência com Deus. O profeta Jeremias declarou:

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. (Lamentações de Jeremias 3.21)

Algumas lembranças tem o poder de produzir em nós um caminho de restauração. Muitas vezes não nos damos conta daquilo que temos perdido. E uma boa forma de dimensionar nossas perdas é contrastar aquilo que estamos vivendo hoje com aquilo que já experimentamos antes em Deus.

Mas a lembrança em si não produz mudança alguma. Apenas trás  um misto de saudade com tristeza, bem como arrependimento por ter deixado de lado algo tão importante.

E esta é a segunda atitude que Jesus pediu aos irmãos de Éfeso: “arrepende-te”. Não basta ter saudade de como as coisas eram antes, é preciso sentir dor por ter perdido o primeiro amor; lamentar, chorar e clamar o perdão de Deus e reconhecer que isto é mais do que desânimo, ou qualquer outra crise emocional. É um pecado de desamor, de desinteresse para com Deus.

À semelhança dos profetas do Velho Testamento, Tiago definiu como devemos nos posicionar em arrependimento diante do Senhor. Deve haver choro, lamento e humilhação:

Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4.8-10)

Humilhar-se perante o Senhor é o caminho para a exaltação (restauração) diante d´Ele. Se você reconhece que tem abandonado seu primeiro amor separe depressa um tempo para orar e chorar em arrependimento perante o Senhor e buscar renovação.

Sei que recordar e chorar o passado também não é a cura em si, mas ajuda a alcançá-la. São estágios de preparação, por assim dizer. Mas o conselho proposto pelo Senhor tem um terceiro passo prático: “volta à prática das primeiras obras”. Portanto, não basta apenas reviver lembranças e chorar, temos que voltar a fazer aquilo que abandonamos.

Estas primeiras obras não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas à ele. Ou são uma forma de expressá-lo, ou de alimentá-lo, ou ambas as coisas. Elas tem a ver com a forma como O buscávamos e também a maneira como O servíamos. Note que Jesus não protestou dizendo que os efésios não o amavam mais, e sim que já não amavam como o faziam antes. Precisamos mais do que reconhecer nossa perda, precisamos voltar a agir como no início da caminhada com Cristo.

É tempo de resgatar nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada menos que amor total. Que o Senhor nos dê graça para viver intensamente a obediência ao maior mandamento!

Artigo extraído do site www.orvalho.com 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


A PARTIR DE HOJE TE DIGO: VOU ORAR POR VOCÊ


Tereza Cristina Cunha de Brito


Poderíamos ficar aqui com vários versículos que falam de oração. Mas oração nada mais é que conversar com Deus, explicar, pedir, suplicar, chorar. É um veiculo poderoso que se bem utilizado pode mover céus e terra, pois tocaremos o coração de Deus. Não podemos pensar que seja uma forma de troca ou aquisição de bênçãos materiais ou espirituais.

Não podemos chegar diante do Senhor como se tivéssemos em mãos uma lista, e daí ficarmos dizendo – “Senhor agora isso, agora aquilo!” Não, não nos esqueçamos que o Senhor conhece nosso coração e mente e sabe as nossas motivações.

É bem interessante, na falta de outra expressão, como o Senhor Jesus a todo o momento, dos mais simples, se é que podemos chamar de simples aquilo que o Mestre faz, orava, sozinho ou com alguns discípulos, com súplicas, lágrimas, gemidos e até sangue. (Hb 5.7-8). Qualquer semelhança com gemidos inexprimíveis, não será mera coincidência!

Temos na Palavra em Mateus, o aviso sobre vãs repetições, temos discípulo pedindo ao Senhor ensinar como orar, temos pedidos de como orar como convém. Aqui dizemos que às vezes nos preocupamos com a forma, as palavras, se deitados, se de joelhos. Mas a forma como iremos a Ele não importa, pois estaríamos aí determinando fórmulas a serem seguidas, tipo como orar em 10 lições!

Não é isso que importa, o que o Senhor quer mesmo é nos despertar para que nos voltemos para a Sua vontade, ao propósito ou ao centro de Sua vontade. 

Deus possui uma vontade - poder de determinar Suas ações (o que Ele vai fazer) e o propósito ou fim de Sua criação (o que fará conosco). A vontade de Deus é a expressão Dele mesmo, e mostram quem Ele é – FIEL, JUSTO, BOM, SANTO, MISERICORDIOSO, IMUTÁVEL, INCOMPARÁVEL, ETERNO.

Pv. 19.21 - "Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor."

Is. 14.27 - "Pois esse é o propósito do Senhor dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua mão está estendida; quem pode fazê-la recuar?"

Orar a vontade de Deus, e esta vontade pode ser detectada na Palavra – santidade, fruto do Espírito, obediência, integridade, paz, fidelidade, servidão. Isto quer dizer que Deus não nos atenderá se pedirmos algo que não esteja na vontade Dele – “pedi e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjares em vossos prazeres.” Tg 4.3.

Às vezes penso que o Senhor deve pensar, “por que estão pedindo isto! Já não lhes dei a resposta?” Saber pedir abre precedente para examinarmos o que tem nos motivado a orar.

Vejamos os motivos pelos quais o Senhor Jesus orou:

·         Alimento/multiplicação oração de agradecimento;
·         Ressurreição de Lázaro; aqui o Senhor se comoveu e seu espírito se agitou Jo 11;
·         Milagres, sinais e curas;
·         Intercedeu pelos que estão no mundo;
·      Para suportar/ obedecer ao que estava por vir – cálice da ira de Deus. Quanto mais agonizava mais orava intensamente,  seu suor se transformando em sangue. Lc 22.44.

Para que tenhamos nossas orações atendidas já vimos que temos que estar na vontade de Deus, eis alguns princípios a serem seguidos.

·         Perseverança – Lc 18.1-8
·         Mover o sobrenatural,ou seja CRER - Hb 11.1
·         Esperar o tempo de Deus

Perseverança quer dizer persistir, conservar-se firmes e constantes num sentimento, numa resolução – CONTINUAR. Mas como nos foi lembrado por uma preciosa irmã, o que deve nos mover para orarmos, deve ser o amor ao nosso Aba Pai!